Preciosa - uma história de esperança
O filme “Preciosa – Uma história de esperança” conta a história de uma jovem de 16 anos, que ironicamente, foi batizada por sua mãe por Claireece Preciosa Jones, uma criança que apesar de ter o próprio nome um adjetivo tão comovente e que deveria ser tratada com todo amor e carinho por seus pais, não acontece na realidade, pois Claireece “Preciosa” Jones que jamais conheceu (ou sentiu) o significado que seu nome transmitia. Teve uma infância sofrida por inúmeros abusos sexuais praticados pelo pai (com o consentimento de sua mãe) e agressões físicas e morais por parte de sua mãe; uma adolescência ainda mais cruel pelo tratamento de escrava que a própria mãe a impunha e, acima de tudo, a grande solidão de viver cercada por tanto ódio, descaso e sofrimento. Preciosa jamais usufruiu, em sua curta existência, a beleza do próprio nome. Não até o momento em que “aprendeu” a rebelar-se contra este tratamento desumano praticado por seus pais.
Felicidade era uma palavra que não constava no dicionário de Preciosa, até porque, semi-analfabeta, não tinha ciência da própria ignorância e da sua condição de ser humano. Não saberia mesmo soletrar felicidade, quanto mais senti-la e muito menos ter consciência que todo ser humano merece ser feliz. Em seus sonhos sentia-se poderosa, amada por seu homem branco (aqui uma alusão ao preconceito e a sua dura realidade de mulher negra e gorda), rodeada de muita cor e luxo. Um dia Preciosa aprendeu que também tinha lá seus direitos e que igualmente mereceria sentir a tal felicidade e vivenciá-la plenamente além de seus delírios cor-de-rosa.
Quando Preciosa foi expulsa de casa, ela deixa de sofrer as humilhações e maus tratos da mãe, e com isso acaba aceitando seu destino, até porque, não tinha parâmetros para comparar com sua triste situação. Acreditava, sinceramente, que o mundo era assim mesmo, que sua vida deveria igualmente ser de