Pre-projeto
A tipografia na sua origem era sinônimo de impressão, hoje é definida como a arte de criar e ou manipular caracteres. Para Lucy Niemeyer (2001, p.12) a tipografia “envolve a seleção e a aplicação de tipos, assim como a composição das letras de texto com o objetivo de transmitir uma mensagem o mais eficaz possível”, por sua vez, Priscila Farias (2001, p.15) a define como o “conjunto de práticas subjacentes à criação e utilização de símbolos visíveis relacionados aos caracteres ortográficos e para-ortográficos para fins de reprodução independentemente do modo como foram criados”.
Vivencia-se hoje o mundo do vídeo e da iconografia, onde a aceleração do ritmo de vida propicia mensagens visuais, levando a desconstrução do design que pode ser representado graficamente de duas formas: a disposição dos elementos na página e o tratamento da letra como imagem.
Sendo assim, a tipografia, especialmente com o advento do computador Macintosh em 1984 que deu certa liberdade às criações tipográficas, começou a se comportar como um reflexo das principais características do mundo moderno: a velocidade de informação e a desconstrução, que por sua vez incentivou o experimentalismo.
Logo, surgiram os primeiros designers tipográficos a manipular a fonte não só como um conjunto de caracteres que devem ser colocados em ordem pré-determinada para serem entendidos, mas como ícones visuais que podem participar do contexto e por si próprio transmitir uma informação.
O Brasil vive uma verdadeira explosão de manifestações tipográficas. Influenciados por designers como David Carson, Zuzana Licko e Neville Brody, por exemplo, os tipógrafos brasileiros vêm procurando superar as limitações impostas pelo design funcionalista, onde a forma deve seguir a função. A cada minuto surge uma fonte com uma nova forma e contexto e com um ponto comum: o desenvolvimento de um estilo brasileiro.
Este projeto visa discorrer sobre o quadro das fontes contemporâneas