Pratica Pedagogia Alfabetiza O
Alfabetização: Em busca de um método?
Numa perspectiva histórica, a pergunta surpreende: há não mais que poucos anos, essa pergunta não teria sentido. É o que hoje é proposto sob a forma de pergunta foi, durante décadas, uma decidida afirmação: Alfabetização: Em busca de um método.
Durante décadas, andamos, afirmativamente, ansiosamente, em busca, sim, de um método: silábico? Global? Fônico? Ou quem sabe, eclético? Mas buscávamos um método.
Pesquisa sobre produção acadêmica e cientifica a respeito da alfabetização, nas ultimas quatro décadas (Soares. 1989), mostra a predominância do tema método sobre qualquer outra faceta do processo de aquisição da língua escrita, nos anos 50 e 60.
A pesquisa evidencia que a questão do método é objeto de estudos e pesquisas em todas as décadas, mas sua presença só é significativa nos anos 50 e 60: o tema ocupa um terço da produção nos anos 50 e um quarto da produção nos anos 60. Nos anos 70 e, sobretudo, nos anos 80, essa produção decresce acentuadamente: na década de 1970, não mais que 14% da produção acadêmica e cientifica sobre alfabetização voltaram-se para questão do método, e apenas 4% na primeira metade dos anos 80.
A pesquisa já mencionada (Soares, 1989) sobre a produção acadêmica e cientifica a respeito da alfabetização, nas ultimas quatro décadas, mostra a predominância da Psicologia, como referencial teórico dessa produção (quase metade: 40% da produção) – confirma-se, assim, a tradicional tendência a privilegiar, na analise do processo de alfabetização, sua faceta psicológica.
Na