Pragas
Neliton Marques da Silva
Agno Nonato Serrão Acioli
Elson Gomes de Souza
Geraldo Vasconcelos
Márcia Reis Pena
INTRODUÇÃO
A microrregião do alto Rio Solimões se destaca pela elevada agrobiodiversidade resultante de um processo histórico de uso e ocupação do solo pelas populações indígenas, resultando levando na domesticação e adaptação de plantas para fins, sobretudo, alimentares. Porém, a maioria desses cultivos tem problemas fitossanitários, que se manifestam com a ocorrência de ácaros, insetos-pragas e agentes fitopatogênicos como: nematóides, fungos, bactérias e virus. Tratam-se de organismos que coevoluiram com suas respectivas plantas hospedeiras, assumindo padrões sofisticados de adaptação ecológica. A incidência recorrente dessas pragas compromete todo um esforço de produção agrícola exercido pelos produtores familiares em suas áreas de cultivo e nos quintais agroflorestais, em bases sustentáveis. Fatores microclimáticos, genéticos, ambientais, edáficos e formas de cultivo contribuem para que esses organismos venham a assumir o status de praga. O reconhecimento, a descrição e alternativas de controle das principais pragas e doenças das plantas cultivadas nessa região é, portanto, fundamental para o estabelecimento das bases de um planejamento estratégico ancorado no manejo integrado desses agentes deletérios. Neste capítulo é abordada as principais pragas e patógenos vegetais associados aos cultivos alimentares conduzidos na microrregião do Alto Rio Solimões. Em relação aos artrópodes pragas (insetos e ácaros) e aos patógenos vegetais serão destacados aspectos relacionados a: biologia, taxonomia, morfologia, patogenicidade, tipo e caracterização de danos, aspectos epidemiológicos e medidas de controle compatíveis com o tipo de agricultura praticada na região.
PRAGAS DA BANANEIRA (Musa spp.)