Pragas e inimigos naturais das abelhas sem ferrão: Caracterização e métodos de controle
Gercy Soares Pinto1, Giorgio Cristino Venturieri2; Maria do Socorro Vieira dos Santos3
Resumo
A meliponicultura é atividade em ampla expansão em todo o Brasil e, sobretudo na Amazônia dada à diversidade de espécies de ocorrência natural em seu território (CONTRERA et al. 2011). A ocorrência de inimigos naturais destas abelhas é justificada pela quantidade e qualidade de recursos disponíveis dentro das colônias tais como: mel, pólen, resinas, cera, cerume e os próprios detritos tornando a colônia bastante atrativa a uma grande diversidade de organismos, dentre os inimigos naturais que causam preocupação para os meliponicultores, podemos destacar os forídeos, formigas, traças, largatixas, abelhas cleptoparasitas do gênero Lestrimelitta spp, aves e até mamíferos como iraras (papa-mel), tatús e tamanduás (NOGUEIRA-NETO, 1997).
Os forídeos, pequenas moscas pertencentes à família Phoridae destacam-se como um dos principais inimigos naturais das abelhas sem ferrão, tanto pela sua abundância e larga distribuição como pela sua rápida capacidade de infestação. Os indivíduos adultos praticamente não produzem danos às abelhas, mas no estágio larval podem exterminar uma colônia. A infestação de forídeos é a principal causa de prejuízos na meliponicultura brasileira, na Amazônia esta praga costuma causar grandes problemas principalmente no período chuvoso e em momentos de transferência de colônias.
Neste sentido, torna-se importante a inspeção periódica nos meliponários visando monitorar a presença deste inseto. Os métodos curativos nem sempre são eficientes, especialmente sob grande infestação, portanto, os métodos de manejo preventivos são aqueles que devem ser adotados sistematicamente pelos meliponicultores.
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1 Zootecnista, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Federal do Pará- UFPA - Rua Augusto