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AE - Agencia Estado
O livro "A Origem das Espécies", lançado em 1859 por Charles Darwin, foi sucesso imediato de vendas e um marco divisor na história da humanidade. Na época, a obra de Darwin foi acusada de "matar" Deus ao provar que o homem é fruto de uma evolução natural, e não de Adão, como prega a Bíblia. Durante boa parte de sua vida, o cientista seguiu os preceitos cristãos e quando morreu, em 1882, foi enterrado em uma cerimônia religiosa. É sobre essa dualidade: ciência versus religião, que fala o longa "Criação", que estreia hoje.
O Darwin que se vê na tela é bem diferente do velhinho de longas barbas que ilustra os livros de história. Aqui, ele está em seu melhor momento, após retornar da expedição ao redor do mundo a bordo do navio H.M.S Beagle. Em sua casa de campo, a Down House, no interior da Inglaterra, faz diversos experimentos com pombos na tentativa de provar sua tese sobre a evolução, ao mesmo tempo em que cria seus dez filhos.
Se antes ele era muito religioso e frequentava missas, suas convicções vão, aos poucos, diminuindo conforme avança nas descobertas. A perda completa da fé acontece quando sua filha Anne Darwin morre, com apenas 10 anos. A menina era uma das preferidas de Charles por, logo cedo, mostrar interesse em ciência.
Além disso, pressionado pelo biólogo Thomas Huxley e o botânico