PPolítica Social no contexto Brasileiro
Afirma que, mesmo que o neoliberalismo não tenha a mesma preocupação com o social que o modelo anterior, em seu bojo a política social não entrou em colapso ou extinção, mas sim reestruturou suas instituições e reordenou sua ideologia para sobreviver aos novos tempos conservadores.
Exemplifica, como retrocessos sociais significativos, os seguintes aspectos: I – perda do protagonismo do Estado como garantidor social; II – advento da fragmentação e heterogeneidade do trabalho, com o enfraquecimento dos movimentos sindicais e redução da segurança no emprego, abolindo-se a idéia do pleno emprego; III – prioridade na defesa do capital em detrimento das necessidades sociais; IV – reforma da previdência sob idéias mercantilistas e não mais sociais; V – políticas sociais estatais como isoladas e subsidiárias, e não mais como universais e necessárias; VI – cortes nos gastos sociais como assistência social rudimentar, resgatadora da filantropia privada.
Acentua a Autora, ainda, que tais mudanças geraram grandes consequências, inclusive no Brasil: I – minimalismo do Estado como garantidor de direitos e provedor de bens e serviços, com a consequente concentração ao combate á pobreza extrema, esquecendo-se o caráter universal das ações sociais; II – restabelecimento da contrapartida individual ao benefício estatal, selecionando o acesso aos direitos sociais, ou seja, trocando-se o welfare state (Estado do bem estar social universal) pelo workfare (bem estar em troca de trabalho); III – não apenas a culpabilização dos pobres por seu estado de miserabilidade, etiquetando-os como, também, atribuindo a condição de pobreza como