desindustrialização

A teoria de Luiz Carlos Bresser de Pereira é definida como: teoria desenvolvimentista ou Keynesiana. A primeira fase da Revolução Industrial Brasileira (processo de industrialização), teve a decolagem de seu desenvolvimento entre 1930 e 1961, que foi caracterizada por profundas transformações na própria estrutura social brasileira. Na classe baixa, houve o surgimento de operários como um grupo política e socialmente significativo; na classe alta, tivemos a emergência dos empresários industriais , e na classe média, tivemos um grande crescimento, integração no processo produtivo e diversificação. Este crescimento da classe média, e mais especificamente da nova classe média, é resultado do surgimento das grandes organizações burocráticas, públicas e privadas, cujas funções deviam ser coordenadas. Estas grandes organizações, produto típico do que podemos chamar de segunda revolução industrial (1960 a 1980), criaram oportunidade para o surgimento de um grande número de funções do nível médio, que iriam constituir a base da classe média.
A superposição, todavia, em um curto espaço de tempo, da Primeira e da segunda Revolução Industrial provocou uma falta de administradores de nível médio. Ou seja, mal foi desenvolvido o primeiro processo de industrialização no país, e já implantaram um outro novo processo, gerando uma falta de administradores para conduzirem este novo processo. Com base nesse acontecimento Bresser previu que se continuasse esse processo de desenvolvimento brasileiro, a classe média, e dentro dela os técnicos e administradores profissionais de nível médio, seriam o grupo social que maior desenvolvimento iriam apresentar. Por outro lado, na medida em que estes técnicos (principalmente economistas e engenheiros) e administradores profissionais vão assumindo o controle das organizações burocráticas a que pertencem, vão se transformando em tecnocratas.
A legitimidade do poder, na tecnocracia, é o conhecimento técnico, da mesma forma que a legitimidade do