Povos Mestiços e Direitos Humanos
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Mestiços: as cores secundárias da humanidade Quando se fala em povos mestiços é importante salientar que, em todo o Brasil e na maior parte do mundo, não existe uma raça humana totalmente pura. Todos somos resultados de uma miscigenação que começou há muitos anos atrás. O que ocorre na verdade é uma estereotipização dos mestiços, usando as diferenças físicas, que em algumas pessoas são mais aparentes, para os considerarem inferiores e até mesmo desmerecedores de direitos que se estendem à humanidade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é diariamente violada por pessoas de todos os lugares do mundo, principalmente quando se trata de igualdade racial. Um exemplo é a ação judicial, pois consta em um dos artigos da DUDH que ninguém deve ser preso injustamente ou de forma abusiva, e que independente de cor, sexo ou classe social, somos todos iguais e devemos ter igual proteção da lei. Porém, é possível ver diariamente muitos policiais que usam a cor da pele como um critério para a identificação de bandidos, agindo de maneira agressiva com os mesmos e fazendo um julgamento antecipado baseado no próprio preconceito. Outro exemplo é a desigualdade na remuneração, pois é garantido nessa mesma Declaração igual remuneração por igual trabalho, mas na realidade o salário de um negro que realiza o mesmo trabalho de um branco é bem inferior. Tais exemplos mencionados nos levam à conclusão de que mesmo com a certeza de que somos todos mestiços, as diferenças físicas parecem determinar quem é digno de desfrutar dos direitos humanos e quem não é. A maneira que tratam os considerados brancos e os negros, ou os índios, é bastante divergente, o que configura o chamado racismo, que parte muitas vezes das próprias pessoas que são comumente atingidas. Infelizmente a conscientização que resolveria essa série de desrespeitos não pode ser forçada, ela deve partir de cada um, e muitas pessoas são intelectualmente incapazes de mudarem sua maneira de pensar.