Chora não
O sistema límbico, sistema do cérebro responsável pelos sentimentos, associa um estímulo emotivo com aqueles que já temos guardados, gerando algumas respostas, sendo que uma delas é o choro. Depois disso, várias substâncias envolvidas no processamento das emoções, como noradrenalina e serotonina, e. g., são liberadas. Através do sistema nervoso independente (responsável por ações como piscar dos olhos) causarão a contração da glândula lacrimal, liberando a lágrima.
Esses fenômenos neurológicos e endocrinológicos são relacionados ao instinto de defesa do ser humano. Pode-se dizer que há alguns tipos de choro: o resultante de algum tipo de emoção espontânea ou simulada e o intermitente ou persistente, que pode surgir sem motivo e indica uma possível doença como depressão, por exemplo.
O choro pode ser uma necessidade gerada pelo organismo, mas nem sempre se desencadeia desse processo. O ser humano tem a capacidade de simular o choro para conquistar um objetivo:
Crianças, por exemplo, quando querem chamar a atenção do responsável choram ou gritam.
Um adulto, para desencadear uma reação de empatia, de solidariedade.
Os artistas, atores e atrizes, para representar uma dramatização. Um recurso bastante utilizado é uma técnica difundida pelo russo Constantin Stanislavski (1863-1938) e é aplicada em escolas de teatro: "O ator que usa essa técnica pensa em algo pessoal que ajude a desencadear a sua emoção", explica a atriz Layla Roiz, do teatro Oficinão do Galpão de Belo Horizonte. Há também o "cristalzinho japonês", um produto vendido em farmácias que é à base de mentol. Os atores passam debaixo dos olhos para produzir lágrimas.