Poupança
ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 28 DE MAIO DE 2014
Economia
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ISABELA LAMEGO E-MAIL: economia@redetribuna.com.br
Justiça deve adiar decisão sobre poupança
Medida deve ser anunciada hoje, após o Ministério Público ter admitido que há erros nos cálculos feitos pelo órgão
Dayane Freitas ela quarta vez, pode ser adiado o julgamento do Supremo Tribunal Federal
(STF) sobre o direito de consumidores à correção monetária das cadernetas de poupança da época dos planos econômicos Verão,
Bresser, Collor I e Collor II.
Um pedido de adiamento foi feito pela Confederação Nacional do
Sistema Financeiro (Consif ), que alegou erros técnicos na perícia do
Ministério Público sobre o impacto nas contas dos bancos provocado pela eventual derrota no STF.
A Consif quer que a Corte remeta os processos novamente para a
Procuradoria-Geral da República e que convoque audiência pública para discutir o tema.
Segundo fontes do próprio Supremo, “o Ministério Público teria admitido, reservadamente, que há erros na perícia feita pelo órgão e encaminhada ao tribunal” e, por isso, também quer novo prazo para refazer a perícia.
O julgamento do STF, marcado
P
para as 14 horas, vai definir se os investidores com recursos aplicados durante os planos econômicos têm direito a ressarcimento dos bancos por causa das mudanças dos índices de reajuste da caderneta de poupança.
Se a decisão for favorável aos clientes, os bancos terão de repor perdas desde a década de 1980. O
Banco Central dimensiona um risco potencial de até R$ 341 bilhões ao sistema financeiro.
Um dos 16 mil clientes no Estado que esperam uma solução é o engenheiro Renato Rosa Pianca,
60. Apesar de ter entrado com duas ações há quatro anos — e ter vencido uma de menor valor — ele está desesperançoso. “Os bancos vão recorrer. Se eu ganhar, o dinheiro ficará para os bisnetos que ainda não tenho”, brincou.
O pedido do MP de adiamento se junta às petições do