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GROISMAN, D.: A velhice, entre o normal e o patológico.
História, Ciências, Saúde Manguinhos,
Rio de Janeiro, vol. 9 (1):61-78, jan.-abr. 2002.
A velhice, entre o normal e o patológico Old age, normality versus pathology
Com a ascensão do envelhecimento da população brasileira ao posto de problema social, assistimos a um crescimento cada vez maior do número de especialistas dedicados a este grupo etário: os geriatras e gerontólogos, que ocupam papel de destaque na formulação das novas formas de gestão da velhice. No entanto, a gerontologia parece ter problemas internos na sua formulação como campo de saber, que parecem comprometer sua consolidação como profissão e seu reconhecimento como disciplina científica. No presente artigo, procuramos chamar atenção para as dificuldades que a gerontologia encontra para delimitar seu campo e definir seu objeto.
Sustentamos que tais dificuldades parecem derivar de uma questão central, que é a impossibilidade de serem delimitadas as fronteiras entre o normal e o patológico, na velhice. Por fim, analisamos a questão sob um ponto de vista histórico, à luz do processo de constituição do saber médico sobre o envelhecimento. PALAVRAS-CHAVE: velhice, gerontologia crítica, história da velhice, antropologia do envelhecimento, geriatria, história da medicina.
GROISMAN, D.: Old age, normality versus pathology. História, Ciências, Saúde Manguinhos,
Rio de Janeiro, vol. 9 (1):61-78, Jan.-Apr. 2002.
Daniel Groisman
Psicólogo, doutorando em saúde coletiva
(Instituto de Medicina Social, UERJ), pesquisador associado ao Centro para Pessoas com Doença de
Alzheimer do Instituto de Psiquiatria da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (CDA-IPUB/UFRJ) dgrois@pobox.com vol. 9(1):61-78, jan.-abr. 2002
Since life expectancy of Brazilian population increased and aging was considered a social problem, there has been a boom of specialists in old age. Gerontologists and