Posse e propriedade, as invasões do mst no meio rural

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Como já citado, posse e propriedade não são sinônimos do ponto de vista jurídico.O código civil do Brasil no Art 1.196 define a posse da seguinte forma: “Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”. O proprietário é aquele que tem o pleno domínio sobre a coisa. Ele pode dispor livremente dela quando quiser. Ao passo que o possuidor não dispõe desse poder. Ele é apenas o detentor da posse dela, que pode ser temporária ou permanente. Observamos que a questão da posse é ampla e complexa ao entendimento,porém a dicussão de propriedade e posse vai muito além de normas de um código civil.
Direito, propriedade e posse são noções que vão além de um padrão estabelecido pelo Estado,é uma questão relacionada ao direito natural do homem, pois é a necessidade de “ter o que é seu” ou a conhecida definição “dar a cada um o que é seu” que é o conceito de justiça e equidade. Embora para alguns essas colocações sejam consideradas ultrapassadas em face da justiça social, ela é válida pois a afirmação é apenas formal, não define o conteúdo do seu de cada pessoa como diz o autor Paulo Nader em seu livro Introdução ao Estudo do Direito. É importante destacar que o capitalismo e o socialismo não possuem a mesma justiça no que se refere a repartição dos bens.
Em uma abordagem mais metafisica do conceito de propriedade e posse, o “seu” representa algo que é próprio de cada individuo em uma sociedade, como o salário equivalente ao trabalho; penalidade proporcional à infração; e o principal, a propriedade e posse que cada pessoa merece.
A Moral e até a Religião, se preocupam com esse conceito de justiça e equidade, pois acima de tudo o respeito ao“seu” de uma pessoa é também um respeito à moral e a justiça.
Como exemplo de justiça e equidade no que se refere à propriedade e posse de terras temos o caso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido pela sigla MST, é principalmente um

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