Ocupação mst
Com a Reforma Agrária acelerando em um ritmo muito pequeno, quase estagnado, o Movimento dos Sem Terra (MST), cansado das promessas sem cumprimento dadas pelo Governo, está agindo cada vez mais por conta própria, ocupando propriedades particulares e do Estado para chamar a atenção da mídia para exporem o descaso que sofrem e a privação de um direito que lhes é garantido pela Constituição, tentando assim acelerar o processo de Reforma Agrária.
Representando um projeto político e econômico que visa a dominação da agricultura, grandes empresas transnacionais tentam intensificar e consolidar essa dominação para que não haja como implantar um projeto de Reforma Agrária. O MST luta contra esse projeto hegemônico mediante a construção de um projeto alternativo que defenda as necessidades da nação e do povo brasileiro visando o abastecimento interno, a preservação da agricultura e a preservação da nossa soberania e diversidade.
Apesar de que a Constituição e a Lei Agrária Complementar imponham que fazendas classificadas como grandes propriedades improdutivas sejam desapropriadas e distribuídas, 66 mil fazendas que se encaixam neste perfil e que controlam cerca de 175 milhões de hectares, segundo os dados do cadastro do INCRA de dezembro de 2010, ainda estão em posse de seus proprietários, deixando de ser aproveitada para a produção de alimentos, beneficiando a população da região pela venda dos mesmos, e para a ocupação das famílias de trabalhadores agrícolas sem terra, potenciais beneficiários. O Movimento dos Sem Terra baseia suas ações com vastos argumentos em vários âmbitos diferentes. Não utilizam apenas de argumentos legais, mas até mesmo na maneira de descrever as suas ações, como por exemplo, referir-se aos seus atos como ocupação de terras e não invasões. De acordo com o Código Penal Brasileiro, a palavra invasão é utilizada para se referir ao crime de esbulho de posse. Já o termo ocupação, pode ser utilizado para identificar o processo de