Resenha do livro A formação do MST no Brasil
2000.
Bernardo Mançano Fernandes, geógrafo, professor e pesquisador da Universidade Estadual Paulista
(UNESP) Campus de Presidente Prudente, São Paulo. Coordenador do NERA (Núcleo de Estudos,
Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária), onde está implantando o DATALUTA (Banco de Dados da
Luta pela Terra). Membro do Setor de Educação do MST. Membro da diretoria da Associação dos
Geógrafos Brasileiros (AGB), 1986/1994. Autor de MST: Formação e territorialização (Editora Hucitec) e A formação do MST no Brasil (Editora Vozes). Fez a graduação, o mestrado e o doutorado no curso de geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP PhD pela Universidade de São Paulo (USP).
Na obra apresentada, as intenções do autor foi registrar a gênese do MST em cada unidade da federação, através da pesquisa de campo, entrevistas, pesquisa documental, etc. Procurou mostrar as principais lutas construídas nos processos de formação e territorialização do país. Assim, buscou recuperar o princípio da organização do Movimento, as instituições que apoiaram as lutas, as diferentes experiências de resistência, a construção da autonomia política, das instâncias de representação e dos diversos setores de atividades. Recorreu também a questões relacionadas às origens e das formas de organização nos assentamentos, as formas de organização do trabalho, nas cooperativas, nas associações, e os impactos socioeconômicos locais; as mudanças significativas ocorridas na vida das famílias assentadas: escolaridade, saúde, trabalho, alimentação, moradia etc. Aborda questões referentes as principais dificuldades e desafios que as famílias enfrentam; questões relativas a reforma agrária e os processos de negociação com os governos estaduais e federal e conclui, enfatizando que a ocupação é uma importante forma de acesso á terra na atual conjuntura da questão agrária.
O presente trabalho aborda uma