Positivismo
No quadro geral de referência, em torno do problema fundamental da filosofia, o positivismo é uma tendência dentro do Idealismo Filosófico e representa nele uma das linhas do Idealismo Subjetivo.
O positivismo, sem duvida, não nasceu espontaneamente, no século XIX, com Augusto Comte. suas raízes podem ser encontradas no empiricismo, já na antiguidade. Mas as bases concretas e sistematizadas dele estão, seguramente, nos séculos XVI, XVII, XVIII.
O fundador do positivismo foi Augusto Comte. Podemos distinguir no pensamento de Comte três preocupações fundamentais. Uma filosofia da historia (na qual encontramos as bases de sua filosofia positiva e sua célebre “lei dos três estados” que marcariam as fases da evolução do pensar humano: teológico, metafísico e positivo); uma fundação e classificação das ciências (matemática, astronomia, física, química,fisiologia, e sociologia); e a elaboração de uma disciplina para estudar os fatos sociais, a sociologia que, num primeiro momento, ele denominou fisica social. Tambem Comte elaborou um esquema de uma religião da humanidade. Pensava ele que pregação moral abrandaria os capitalistas e assim seriam mais humanos com os proletários e as mulheres, eliminando os conflitos de classes, mantendo, porém, a propriedade privada.
Não compreenderemos cabalmente o surgimento do positivismo e seus postulados se não o entendermos como uma reação à filosofia especulativa, especialmente a representada pelo idealismo clássico alemão (Fichte, schelling, Kant e Hegel) que imperava no pensamento europeu da época de Comte. Facilmente se observa que a filosofia positivista se colocou no extremo oposto da especulação pura, exaltando, sobretudo, os fatos.
O positivismo proclama como função essencial da ciência sua capacidade de prever. “O verdadeiro espírito positivo consiste em ver para prever.” Por outro lado, o exercício das funções intelectuais “exige uma combinação de estabilidade e atividade, donde resultam as necessidades