positivismo

pensadores utilizaram tal concepção de forma revolucionária para criticar a concepção clerical e teológica da sociedade, propondo uma ciência neutra, distante dos controles das classes dominantes. Já Comte, adotando os mesmos princípios, toma rumo distinto, construindo uma estrutura doutrinária justificadora da ordem social burguesa emergente.
Conceitos: basicamente, se estrutura como um sistema de conceitos coerentes que podem ser resumidos em três, de acordo com Lowy (1988, p. 17):

1. A sociedade é regida por leis naturais e invariáveis, que independem da vontade e da ação humana; na vida social reina uma harmonia natural;

2. A sociedade pode epistemologicamente ser assimilada à natureza e ser estudada pelos mesmos métodos e processos empregados pelas ciências naturais;

3. As ciências da sociedade, semelhantes as da natureza, devem limitar-se à observação e a explicação causal dos fenômenos de forma objetiva, neutra, livre de julgamentos de valor ou ideologias, descartando previamente todas as prenoções e preconceitos.
Derivam desta base outros fundamentos filosóficos e metodológicos que se aplicam, seja na interpretação dos fenômenos sociais, seja na aplicação prático-político, como, por exemplo:
• A realidade se compõe de partes isoladas, que, quando somadas compõe um todo;

• A única realidade aceita são os fatos e na condição de serem observáveis. A especulação filosófica, a imaginação, as crenças não se constituem em fatos por não serem passiveis de observação;

• Como vimos antes, escapa da preocupação positivista o interesse com as causas dos fenômenos. Dedica-se preocupação científica é a objetividade das relações entre os diversos fatos sociais, e não ao porque ocorrem;

• O conhecimento metafísico está rejeitado pelo positivismo, porque pode conter prejuízos;

• O princípio da verificação (demonstração da verdade). Será verdadeiro o que é verificável empiricamente, o que reduz o conhecimento ao alcance da experiência sensorial.