Positivismo

O Positivismo, a perspetiva de Karl Popper e August Comte

Segundo o excerto do livro “Teorias Sociológicas” de Braga da Cruz, a observação é reconhecida como a primeira condição fundamental da especulação científica, porém se houver uma interpretação incorreta, esta poderá fazer com que a observação seja uma acumulação de factos contraditórios e dispersos. Assim, poderemos dizer que o verdadeiro positivismo não é assim tão contraditório ao empirismo, nem ao misticismo. É nas leis dos fenómenos que se baseia a verdadeira ciência, pois sem elas os factos não nos exprimem nada para além do que conseguimos observar. Poderemos dizer que a ciência está longe de ser formada apenas pela observação preliminar, sucede-lhe então, a previsão racional que constitui a principal característica do positivismo.
O positivismo é uma corrente filosófica defendida por August Comte. Esta corrente defende que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento, ou seja, o progresso da humanidade depende unicamente dos avanços científicos. A lei dos três Estados, também defendida por August Comte, refere-se á evolução do pensamento que começa no Estado Teológico: onde os factos observados são explicados através do sobrenatural. Seguindo-se o Estado Metafísico: este Estado pode considerar-se ser a transição entre a teologia e a positividade, o que caracteriza este Estado são as abstrações personificadas. O terceiro Estado é o Estado Positivo, vai procurar o conhecimento á ciência, os factos explicam outros factos.
Karl Popper defende que o conhecimento não provém de perceções, nem de observações nem da recolha de dados ou de factos, mas sim de problemas. Para Popper o conhecimento científico revela-se ao cientista como um problema. Defende que temos de esclarecer as relações existentes entre o nosso saber e o reconhecimento de que na realidade nada sabemos e que a lógica do nosso conhecimento parte da tensão existente entre o saber e o não saber.