Portugal
Não basta recuperar uma dúzia de aldeias, ou organizar meia dúzia de feiras de artesanato. Precisamos de um projeto nacional que encare o nosso mundo rural como parte integrante da nossa riqueza como povo e nação, pois quer queiramos quer não, provavelmente é o seu legado que nos faz únicos num mundo cada vez mais estandardizado, pois é aí que podemos estão as raízes da nossa identidade. É necessário criar condições para fazermos do espaço rural uma fonte de desenvolvimento sustentado e de aproveitamento dos valores que nos distinguem. Se nada se fizer, daqui a pouco tempo teremos um país litoral de subúrbios e de gente desenraizada, e um interior com uma paisagem feita de eucaliptos, acácias e silvados.
De facto, a urbanização não é a única via de desenvolvimento, pelo que o mesmo não implica necessariamente o desaparecimento do espaço rural. As novas fontes de crescimento das áreas rurais estão principalmente ligadas a peculiaridades dos patrimónios natural e cultural, o que só reafirma o contraste entre os contextos ambientais dos espaços urbanos e rurais.
Actualmente consegue perceber-se que cada vez mais as autarquias vêem um enorme potencial do sector terciário na criação de emprego permanente. Nesta perspectiva, esse sector tem vindo cada vez mais a fazer parte integrante das suas estratégias de desenvolvimento local e regional, como forma de o reforçar e diversificar, através do desenvolvimento de sistemas produtivos baseados em vários tipos de combinações de actividades terciárias com as duas outras categorias sectoriais. As novas fontes de crescimento e emprego estão nas