Portugal
Economia:
A evolução da situação econômica em Portugal foi marcada, na última década, pela integração na União Européia e pela implementação de um vasto conjunto de reformas estruturais. Neste período, a economia portuguesa apresentou um desempenho globalmente positivo, beneficiando-se de uma conjuntura européia favorável, tendo conhecido uma fase de expansão que se prolongou desde 1985 a 1991 (taxa média de crescimento anual de 4,4%), ano em que a procura começou a desacelerar. Ao rápido crescimento do produto esteve associada uma intensificação do grau de abertura ao exterior da economia portuguesa. Papel de destaque coube ainda ao investimento público, dirigido sobretudo à construção de infra-estruturas, e aos projetos privados que se beneficiaram de apoios provenientes dos fundos comunitários. O "período pós-adesão" caracterizou-se também por um crescimento do consumo (5,7% ao ano, entre 1986 e 1990) e por uma alteração da estrutura das despesas das famílias, o que produziu efeitos assinaláveis na ocupação do território (fogos de maior dimensão, residências secundárias, equipamentos de lazer, rodovias e espaços de estacionamento, etc.).O declínio do setor primário, a industrialização difusa e o rápido aprofundamento da terciarização.As transformações ocorridas na economia portuguesa tiveram origens e impactos muito diferenciados do ponto de vista setorial. Assistiu-se, nomeadamente, a uma redução significativa do peso do setor primário no total do emprego e do PIB; a uma redução também do peso da indústria, embora tenha aumentado o significado do setor exportador da indústria, com destaque para o setor automobilístico; a um rápido aprofundamento da terciarização, em que se destacou o aumento das quotas dos serviços de apoio à produção (bancos, seguros e serviços prestados às empresas) e da hotelaria no total do PIB. A este conjunto de transformações associou-se o reforço do despovoamento rural e a continuação da tendência para a litoralização das