Portugal, Uma Sociedade Capitalista dependente
Cerimónia de inauguração do caminho de ferro em Portugal (28 de Outubro de 1856), composição de Bernardo Marques.
António Maria de Fontes Pereira de Melo
A ponte ferroviária de D. Maria Pia em construção
(obra de Gustavo Eiffel).
A Regeneração entre o livre-cambismo e o protecionismo (1851-1880)
Marechal-duque de
Saldanha
Uma nova etapa política
Costa Cabral
Um golpe de estado levado a cabo pelo marechal-duque de Saldanha, em 1851, depôs Costa
Cabral e deu origem a uma nova etapa política do Liberalismo, conhecida por Regeneração.
Tratou-se de um movimento simultaneamente político e social, pois pretendia conciliar as diversas fações do Liberalismo, harmonizando os interesses da alta burguesia com os das camadas rurais e da pequena e média burguesia.
Para que tal fosse possível, procedeu-se à revisão da Carta Constitucional, assegurou-se o rotativismo partidário, e sobretudo, promoveu-se uma série de reformas económicas capazes de lançarem o país na senda do progresso material por que há tanto tempo ansiava. "A regeneração foi o nome português do capitalismo"
Manuel Villaverde Cabral - historiador.
O desenvolvimento de infraestruturas: transportes e meios de comunicação
Os transportes e os meios de comunicação tiveram uma atenção especial por parte da regeneração, pois consideravam-se estas as infraestruturas fundamentais do progresso económico e da modernização. A designação atribuída e esta política foi de Fontismo, em virtude de o seu dinamizador ter sido António Maria de Fontes Pereira de Melo.
O primeiro grande investimento fez-se sentir na construção rodoviária, expandindo-se as redes de estradas mecanizadas, durante o mandato de Fontes como ministro das obras públicas, estas estradas passaram entre 1852-1856 de 218 km para 678 km de extensão e em 1884 já ultrapassavam os 9000 km.
António Maria de Fontes Pereira de
Melo
O desenvolvimento de