Portugal, uma sociedade capitalista dependente
Introdução…………………………………………………………………………. pág. 2
A regeneração entre o livre-cambismo e o proteccionismo………………………...pág. 3
Entre a depressão e a expansão……………………………………………………..pág. 9
As transformações do regime político na viragem do século……………………...pág.11
Bibliografia………………………………………………………………………..pág. 19
Anexos…………………………………………………………………………….pág. 20
Introdução
Após quase meio século de turbulência política, a Regeneração (1851) propôs-se a trazer a Portugal a acalmia e o desenvolvimento económico. Ao fontismo se deveu uma política de obras públicas que dotou o país dos transportes e comunicações imprescindíveis à construção do mercado interno e à abertura da Europa. Privilegiando o livre-câmbio, a Regeneração promoveu a entrada de capitais e artigos industriais estrangeiros. Portugal tornou-se uma sociedade capitalista dependente. O resultado foi o défice comercial que, somado à dívida pública, conduziu o país à bancarrota.
Entretanto, a monarquia constitucional revelava-se incapaz de resolver a crise económico-financeira e de responder às expectativas das classes médias e do proletariado. Abalada por escândalos e humilhada pelo Ultimato, acabou por afundar em 5 de Outubro de 1910. Proclamou-se, então, a Primeira República, que se assumiu como laica e parlamentar, como um resultado democrático notável.
A regeneração entre o livre-cambismo e o proteccionismo
Até à segunda metade do século XIX, o liberalismo estava em vigência em Portugal sob forma do Cabralismo, que se identifica com a governação de Costa Cabral. Este período caracterizou-se por um exercício autoritário do poder, alicerçou-se nos princípios da Carta Constitucional, fomentou as obras públicas e reformou o aparelho administrativo e fiscal.
Mas após quase meio século de agitação política, uma nova etapa política do Liberalismo eclodiu. Alexandre Herculano e o grupo de intelectuais que