Portugal entre guerras
Genoveva Ulrich
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Com o final da 1ª Grande Guerra sentia-se uma grande urgência de viver o dia-a-dia, pois ninguém sabia o amanhã. Foi devido a essa necessidade que surgiram, na alta sociedade, as mais excêntricas e sumptuosas festas que marcam os loucos anos 20.
Neste trabalho vou apresentar uma das mulheres mais excêntricas e ricas dos loucos anos 20 em Portugal: Genoveva de Lima Mayer Ulrich, mais conhecida simplesmente por Veva de Lima. Casada com Rui Ulrich, ficou conhecida pelas suas dispendiosas e extravagantes festas, que dava no seu palacete.
Veva lima vivia no seu palacete, na Rua dos Bem Casados (atualmente Rua Silva Carvalho, n.º 240, junto às Amoreiras). Era ai que organizava as suas festas, que possuíam normalmente mais de 200 convidados, com inúmeras personalidades importantes.
Um exemplo das festas extravagantes de Genoveva foi uma em que escolheu África como tema. Mandou todos os empregados pintarem-se com graxa para fingir que eram negros: quando os convidados chegaram encontraram os empregados escurecidos e seminus, apenas vestidos com uma tanga de pele de leopardo, alinhados ao longo da escadaria – empunhavam archotes, como se estivessem a indicar o caminho, e faziam soar um gongo para anunciar cada visitante.
As festas eram muitas vezes noticiadas na imprensa. O Correio da Manhã de 16 de Maio de 1921 tinha apenas duas páginas (uma folha), mas uma das maiores notícias, na “coluna de vida mundana”, relatava a “deslumbrante” soirée de dois dias antes preparada por Veva de Lima, apontada como “uma das primeiras figuras da sociedade portuguesa”, enquanto o palacete era elogiado como “um dos mais confortáveis, requintados e originais interiores da Lisboa aristocrática de hoje”.
Como mulher dos anos vinte, seguia as