Portugal no primeiro pos-guerra
As dificuldades económicas e a instabilidade política e social
Após a primeira guerra mundial, Portugal viveu uma grande instabilidade económica, social e política, resultado da participação na guerra e da crise internacional.
As dificuldades económicas e financeiras
Quando Portugal entrou na guerra, a instabilidade económica acentuou-se e o descontentamento social aumentou bastante. A economia portuguesa dependia da agricultura, que neste caso não era desenvolvida, verificando-se no Norte do país pequenas propriedades onde não era possível haver investimentos, enquanto no Sul do país havia grandes propriedades com o solo esgotado, o que resultou numa grande escassez de bens. Para além disso, verificou-se uma queda na produção industrial que provocou um aumento no défice da balança comercial. O governo ia ficando cada vez mais com menos receitas e com mais despesas e, para resolver a situação, foi necessário multiplicar o dinheiro em circulação, medida que teve efeitos muito negativos, porque desvalorizou a moeda, aumentou a inflação e a dívida do país ficou cada vez maior. A inflação, por sua vez, aumentou o custo de vida dos portugueses, agravando a fome com o aumento constante dos preços.
O agravamento da instabilidade política
A guerra trouxe consigo o agravamento da instabilidade politica. O presidente foi destituído, o congresso dissolvido e fez-se eleger presidente sidónio Pais. Sidónio apoiou-se nas forças mais conservadoras da sociedade, nomeadamente, os monárquicos. Sidónio pais dizia-se o fundador de uma república nova, era visto o salvador da Pátria e suscitou devoções fervorosas. O fim do sidonismo mergulhou o país em caos. Houve guerra civil em lisboa e no norte. Os monárquicos quiseram aproveitar-se da desagregação dos partidos republicanos e ensaiaram uma breve monarquia do norte no porto. A velha república não logrou a conciliação desejada e a divisão dos republicanos agravou-se. os antigos políticos