Portugal no pos guerra
1) Descrever Portugal no 1º pós-guerra: Relacionar a situação económica, social e política de Portugal no pós guerra com a falência da Primeira República:
Em águas agitadas viveu a Primeira República portuguesa (5 de outubro 1910- 28 de maio de 1926).
Ao seu parlamentarismo, derivado dos elevados poderes do Congresso da República, se atribui a crónica instabilidade governativa. Em 16 anos de regime, houve 7 eleições gerais para o Congresso, 8 para a Presidência e 45 governos. O Parlamento interferia em todos os aspectos da vida governativa, enveredando, por vezes, pela via dos ataques pessoais.
Ao laicismo da República, assente na separação da Igreja e do Estado, se deve o seu violento anticlericalismo.
Dificuldades económicas e instabilidade social
Também a entrada em Março de 1916 de Portugal na Guerra do lado dos Aliados, acentuou os desequilíbrios económicos e o descontentamento social. A falta de bens de consumo, os racionamentos e a especulação desesperaram os portugueses. Com a produção industrial em queda, o défice da balança comercial cresceu. A dívida pública aumentou. A diminuição das receitas orçamentais (o que se recebe) e o aumento das despesas conduziram os governos à multiplicação da massa monetária em circulação que desvalorizou a moeda e originou uma inflação galopante.
O processo inflacionista permaneceu para além da guerra. Do ponto de vista económico, as classes médias sentiram-se traídas pela República, vendo o seu poder de compra reduzido a metade. Descrente com a República ficou, também, o operariado. A agitação social adquiriu contornos violentos nas grandes cidades. Frequentes se tornaram as greves dinamizadas pelos anarcossindicalistas, que recorriam a atentados bombistas, em tom de protesto.
O agravamento da instabilidade política
A guerra trouxe consigo o agravamento da instabilidade política.
Em 1915, o general Pimenta de Castro dissolveu o Parlamento e instalou a ditadura militar. Pela via da