Economia Portuguesa Sec XX
A economia portuguesa no pós 2ª Guerra Mundial
A economia portuguesa foi beneficiada pela Segunda Guerra Mundial. Pela primeira vez desde o século XVIII, a balança comercial teve um saldo positivo, o que foi devido ao incremento do volume das exportações de matérias-primas, produtos alimentares e manufaturados para os países intervenientes no conflito e à redução das importações, causada pelas dificuldades atravessadas pelos países em guerra. Contudo, no pós-guerra, enquanto as economias de outros países europeus recuperavam da crise, o investimento e a indústria portuguesa estavam bloqueados devido à excessiva preocupação com o equilíbrio financeiro.
Outro fator que impediu um rápido crescimento económico foi a predominância rural do regime e a falta de confiança no progresso industrial (encarado como um setor de perturbação ideológica), que afastaram o país das nações mais desenvolvidas da Europa.
Nos anos 50 houve um esforço para se desenvolver a economia, traduzido num aumento do incentivo industrial, no fomento das obras públicas e na abertura da economia portuguesa ao comércio e ao investimento externo (por exemplo, a adesão à EFTA, em 1959). Outra medida tomada para implementar o crescimento económico foi a criação dos Planos de Fomento. Foram instituídos três planos quinquenais (1953-58, 1959-64 e 1968-73) e um Plano Intercalar (1965-67), que procuraram colmatar, ainda que tardiamente, o atraso da economia portuguesa.
Na década de sessenta, assistiu-se a um aumento do investimento e a uma progressiva abertura ao exterior. Operou-se uma evolução positiva no setor turístico e as remessas dos emigrantes possibilitaram um maior equilíbrio económico-financeiro. Todavia, persistiam as dificuldades económicas. Portugal enfrentava as despesas crescentes da guerra do Ultramar, que se tornaram insuportáveis, e uma enorme vaga de emigração.
O país voltava a afastar-se do grupo das nações mais avançadas