Portugal e a Segunda Guerra Mundial
Durante o seculo XX (principalmente a primeira metade), a Europa esteve debaixo do tempo conhecido como “O tempo das Ditaduras”. Em Itália, Mussolini impunha o seu regime de extremo fascismo, assim como o Führer também impunha o seu regime de extrema-direita. Na Rússia em 1917, era a ditadura do Partido Comunista que se afirmava, apesar do capitalismo tentar responder com uma ditadura de uma Estado mais guardião dos interesses dos poderosos. Portugal limitou-se portanto a seguir o mesmo caminho da ditadura, considerada na atura “a solução da época” para todos os problemas do Estado. Salazar, o «homem-providência», inspirou-se então no modelo mussoliniano instaurando uma nova realidade no país, um bocado “ancien-régime”.
Salazar chegou ao poder nos anos 20, e em 1993 implantou o «seu» Estado Novo, apoiado numa Constituição contra o parlamentarismo. E não se pode negar de todo, que este Estado foi implantado “à força”.
No dia 1 de Setembro de 1938, foi declarada a guerra, conhecida hoje como Segunda Guerra Mundial. Salazar esperando desde logo uma possível invasão, decidiu emitir um comunicado afirmando a neutralidade de Portugal, fazendo mesmo referência a uma «rigorosa neutralidade». Salazar vai concentrar os seus esforços diplomáticos no objectivo de deixar Portugal neutro e, ao mesmo tempo continuar a fazer negócios com as duas partes em confronto (esta neutralidade é então favorável para os dois campos em conflito que continuam a poder importar produtos portugueses e coloniais). A política externa de Salazar tinha então três preocupações fundamentais durante a guerra: por um lado, defender o império colonial dos apetites expansionistas dos italianos e alemães; por outro lado, manter a independência nacional, resguardando-a da Espanha (o medo de ser invadido), e em terceiro lugar, preservar a continuidade do regime. A missão do Estado era agora, apenas de impedir que Franco (chefe de Estado de Espanha) entrasse no