Portugal com e sem euro
1- Uma saída de Portugal da Moeda Única, terá em princípio, logo como primeira consequência, uma desvalorização da nova moeda Nacional, por exemplo, regresso ao Escudo;
2 - Agravamento do Pagamento de taxas e custos cambiais nas trocas comerciais com a Zona Euro;
3 - Tendência para aumento da taxa de inflação, pelo menos numa fase inicial, sobretudo devido à inevitável importação de energias diversas, incluindo petróleo e seus derivados, mas também de outros produtos importados, tais como, vestuário e calçado, alimentos, automóveis, tecnologias diversas, matérias-primas,etc;
4 - Desvalorização do valor real dos salários e perda de poder de compra por efeito da desvalorização do Euro e consequente aumento da taxa de inflação;
5 - Desvalorização do valor dos depósitos bancários, proporcional à desvalorização da nova moeda (Escudo) face ao Euro, caso a conversão de Euros em Escudos seja feita antes da desvalorização do Escudo face ao Euro, mantendo a relação de paridade de 1 Euro = 200,482 Escudos. Supondo que o Escudo sofre uma desvalorização de 30% face ao Euro, a nova relação de paridade será de 1 Euro = 260, 63 Escudos. Contudo, se o depositante em vez de receber 260,63 Escudos por cada Euro depositado apenas receber os atuais 200,482 Escudos, significa que terá uma perda real de 30% no valor do seu depósito;
6 - Pânico na Banca motivado pela corrida aos bancos para levantamento dos depósitos bancários em Euros;
7 - Acentuado agravamento do valor da dívida a pagar à Troika e a outros países credores de Portugal, já que a desvalorição da moeda nacional para um valor inferior ao do euro, fará aumentar o valor da dívida pública portuguesa perante os credores internacionais, na mesma proporção;
8 - Aumento do valor da dívida a pagar pela Banca aos seus credores internacionais. Por este motivo, a Banca terá tendência a aumentar a taxa de juro na concessão de crédito a particulares e empresas;
Se não existisse o