A ordem do discurso - resumo de p. 19 à p.30
Sendo também o discurso, segundo ele, meramente exposição de idéias e discursos já ditos anteriormente em outras eras, já que nada é único e tudo é redito e refeito num jogo de apropriação e transmissão de conceitos que existem – diante algumas vezes do conceito de verdade que Platão e Aristóteles, verdade pautada num conhecimento que percorre a todos e que se revela através do discurso. Logo, aquele que conceitua mais articuladamente, é dito como possuidor da verdade e do poder.
Dessas afirmações podemos entender duas coisas a respeito do ensino, a primeira, que a situação de poder na qual o professor está advém de nada mais do que seu poder de verdade sobre fatos e informações as quais outras pessoas desconhecem.
A segunda, que tal situação de poder é também fonte de controle de informação, que quanto mais fragmentada, supostamente, mais dosada pode ser. Essa fragmentação disciplinar que ocorre retira o poder do aluno de concatenar idéias, que em fato são fonte de uma só matéria, e se perder num abismo de ignorância frente a fatos os quais não pode entender.
O conhecimento estaria apenas para o professor e entendê-lo sem o mesmo torna-se tarefa inútil. Entender também o todo é impossível, já que com todas as disciplinas em separado, não existe mais do que frações de vários pensamentos, uma ‘colcha de retalhos’ difícil de ser visualizada em seu todo. Logo, a vontade de verdade se torna alvo de apropriação de poder por pessoas mais articuladas e bem