Melancolia da arte
Faculdade de História
História, Teoria e Metodologia de Pesquisa em História da Arte 2: Relações História da Arte e Psicanálise
Docente: Prof. Doutor Márcio Pizarro
Discente: Rubens Pilegi Sá
Melancolia da Arte
Sara Kofmann
Tradução do francês para o espanhol: Alícia Migdal
Uruguay: Ed. Trilce, 1995
Resumo
O livro trata da questão da representação na arte. Coloca que a filosofia sempre quis ter a voz sobre a arte, mas que a arte nunca foi só imitação. Para isto, a autora convoca as leituras de Diderot sobre arte e discute a questão sob um ponto de vista psicanalítico, dizendo que os sonhos e as imagens de arte são cobertos pelas palavras, mas sua interpretação nunca é unívoca. Assim, para Diderot, a ‘boa’ arte é aquela que engana o filósofo.
Sobre o caráter silencioso do quadro, talvez seja esse o ponto comum que perpassa todo o livro, mesmo e, até, por conta da passagem da arte clássica para a moderna, quando o modelo deixa de ser a originalidade do único - ‘edipiano’- para se transformar em séries que nada querem expressar, passando para um modelo ‘industrial’. Em todo caso, a questão não é opor arte figurativa à arte abstrata, mas falar da arte como presença. Assim, para Diderot, Chardin apresenta a natureza, mais do que a representa. No entanto, o analisar a pintura de La Tour, fala de seu caráter frio e distante, interessado em apenas copiar com fidelidade e mais nada, como uma máquina. Uma máquina, no entanto, maravilhosa. Uma máquina que faz arte, ou seja, cujos artifícios impedem que vivamos em uma “estranha cacofonia”. Só assim podemos fazer a “economia da morte” e desfrutá-la, visto que a arte é sempre paradoxal e, nesse sentido, capaz de fixar o que é transitório.
Sumário
Prólogo – por Hugo Achugar
A melancolia da arte
O parecido dos retratos: A imitação segundo Diderot
O espaço da cesura
Balthus e a pausa
Prólogo – por Hugo Achugar
Tema do livro: representação
Representação não como idéia de substituição,