portos
O Brasil ainda não dispõe da infraestrutura que necessita para escoar a safra de grãos, e é impossível garantir que não haverá fila nos portos, admitiu em entrevista exclusiva ao 'Estado', o ministro da Secretaria Especial dos Portos (SEP), Antonio Henrique Silveira. "É muito difícil ter situação com absoluta ausência de filas."
O ministro informou, porém, que o governo está atuando para evitar o problema, inclusive aplicando multas pesadas. Até ontem, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários aplicou um total de R$ 300 mil reais em multas a quatro terminais.
Ontem, ele se reuniu com produtores, tradings e os ministérios da Agricultura e Transportes para reforçar a necessidade do agendamento dos caminhões, diante de resistências do setor privado. A descida programada dos veículos até o porto é a grande aposta do governo contra o gargalo portuário, mas desde o início da safra já houve pelo menos dois episódios em que formaram-se filas de caminhões não agendados.
"O País precisa de mais infraestrutura, mas não é possível provê-la imediatamente", afirmou o ministro. Uma possibilidade em estudo para minimizar os problemas é o Ministério dos Transportes reforçar o controle do tráfego de caminhões. E a Agricultura convencer os produtores a embarcarem os grãos de forma planejada.
"A turma que embarca grãos no Centro-Oeste tem de ter a consciência que o agendamento é absolutamente necessário para o bom resultado de seus negócios", frisou o ministro. Ele explicou que as multas pela falta de agendamento poderão encarecer o frete.
Hidrovia prejudicada. Este ano, até a estiagem contribuiu para o congestionamento nas estradas, contou o ministro. Com pouca chuva, a hidrovia Tietê-Paraná, por onde são escoados 5 milhões de toneladas, perdeu um terço de sua capacidade. Assim, houve um acréscimo de 1,6 milhão de toneladas nas estradas.
A despeito do crescimento dos