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Quando se fala da morte como um fim, preocupa-se com o final de uma história, que não terá a continuidade desejada, sonhada e conquistada.
Para todo ser vivo existe um fim desse ciclo biológico, muitas vezes determinado somente pela senilidade.
Consideramos que o termo morrer com dignidade diz respeito ao direito da alma de viver no corpo físico o tempo que lhe foi destinado. Dignidade, sob a visão espírita e cristã, significa repudiar qualquer atitude que ameace o direito à vida.
O bom médico é aquele que exercita a capacidade de se colocar no lugar do outro, assim fazendo, pode evitar fazer ao outro o que não gostaria que lhe fizessem. Dentro desta perspectiva, o médico deve procurar conhecer e entender o sistema de crenças do paciente respeitando-o até o limite ético de sua própria consciência, ou seja, a não ser que o paciente solicite conduta que confronte seus princípios éticos, o médico deve acompanhar e dar suporte às decisões do seu paciente.
Comumente, também, doenças de variável gravidade são determinantes dessa terminalidade da vida, mais acentuadamente quando incuráveis. Estados clínicos agudos, infecciosos ou traumáticos também concorrem para esse estágio terminal, particularmente quando associados às insuficiências ou disfunções de múltiplos órgãos. A combinação de todos esses fatores com protocolos de conduta bem estabelecidos e profissionais melhor treinados tem interferido positivamente sobre doentes e doenças até há pouco tempo muito difíceis de serem tratadas. Mas, também, tem produzido a manutenção de pacientes, que sabidamente não têm prognóstico.
A rotina imposta aos médicos é a de reconhecer e perseguir múltiplos objetivos, que podem ser complementares ou excludentes. Curar a enfermidade, cuidar da insuficiência orgânica, restabelecer a função, compensar a perda, aliviar os sofrimentos, confortar pacientes e familiares e acompanhar, ativa e serenamente, os últimos momentos da vida do paciente não é tarefa fácil e