Port

Universidade Federal do Ceará
Instituto UFC Virtual
Curso Semipresencial Letras/Português
Aluno: Wilker de Paula Feijó

Atividade de Portfolio - Aula 2 - Literatura Portuguesa IV
Por meio da leitura do trecho do texto de apresentação de Gaibéus, pouco se tenho a dizer sobre qualquer personagem, uma vez que não se detalha nada, ou quase nada. A princípio me chama atenção o ceifeiro rebelde, com o qual se identifica o narrador. Enxergo no mesmo a figura de um ser que reconhece sua condição e o meio ao qual se obriga a estar em razão de um objetivo maior. Trata-se de um indivíduo mais esclarecido, que sofre ao ver quão grande é a exploração do trabalho humano frente às péssimas condições de trabalho e remuneração oferecidas. É a famosa “pedra no sapato” do patrão, por mostrar-se preocupado com sigo e com os demais e mostrar-se disposto a fazer algo, tomando partido de sua classe e manifestando suas convicções. Daria aí um bom líder ou sindicalista, atuando desta forma como porta-voz dos mais temerosos ou oprimidos. Este representa a classe trabalhadora. Nada se diz a respeito do campino que se faz ladrão, nem sequer nome. Ou mesmo da rapariga, senão que ela vai ao aposento de Agostinho Serra, de quem menos ainda se fala, e estando lá passa alembrar da Balbina, outra atuava na Rua Pedro Dias. Por fim, o narrador nos fala ainda de um ceifeiro que vem trabalhar no intuito de juntar fundos para a renda da terra de sua aldeia. Este é o que trabalha em razão do bem estar dos seus aldeães. A rapariga e a prostituta são aquelas desassistidas, que servem a virilidade da sociedade masculina almejando sustento próprio, provavelmente, uma vez que não se detalha no referido texto os motivos que as levam a tal prática, se prazer, sobrevivência ou exploração. A única conclusão que o citado trecho de introdução da obra nos remete é alienação dos trabalhadores, que incessantemente, cansados e sofridos, os leva a seguir com aquele regime de trabalho com a esperança de que um dia