PORT
PORTUGUÊS
INSTRUMENTAL
Profª CELESTE MARREIRO DE ARAUJO
Nome: _________________________________________
2015
Auto-estima Linguística Quantas vezes você não sentiu o coração subir à garganta ao lhe solicitarem um texto escrito? O grau de convivência que você mantém com a escrita pode constituir, nos dias globalizados, a diferença entre o emprego e o seguro-desemprego, pois, hoje, mais do que antes, as corporações exigem dos funcionários a habilidade de escrever. No entanto, contraditoriamente, os 11 anos de ensino de língua portuguesa não transformaram as pessoas em redatoras, muito menos em escritoras: serviram para que adquirissem o medo de escrever e a idéia segundo a qual o conhecimento das regras de gramática as levaria a saber escrever. Nada mais enganoso, uma vez que as pessoas saem dos bancos escolares sem saber gramática. E sem saber escrever. Diante desse fato, milhares de pessoas alimentam a crença na incapacidade de escrever e, pior, atribuem o ato de escrever a um dom, que – acreditam piamente – só uns poucos agraciados possuem. Mas não há necessidade de dirigir palavras impublicáveis aos professores de Português: se você pertence ao exército que não aprendeu a escrever durante todos esses anos, saiba que isso não significa que você não leve “jeito” para a “coisa”. Escrever é uma habilidade que pode ser desenvolvida a qualquer momento. O problema reside em saber como desenvolvê-la e como vencer o medo da folha em branco, em face de informações, práticas e atitudes que apenas lhe confirmavam a escrita como um imenso e distante paraíso, e você como alguém não merecedor de ingressar neste paraíso. Há um caminho que consiste em mudar seu quadro referencial em torno do que você pensa sobre si mesmo, sobre a língua
portuguesa e sobre o ato de escrever: desenvolver a auto-estima lingüística. Se podemos definir, em termos gerais, a auto-estima como a quantidade