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O movimento modernista no Brasil contou com duas fases: a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. a primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e ideias modernistas.
Apesar da diversidade de correntes e ideias, pode-se dizer que, de modo geral, os escritores de maior destaque dessa fase defendiam a reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais, a promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais, a eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Mário de Andrade, na conferência que fez em 1942 sobre a Semana de Arte Moderna, assim se referiu a esse período: ‘E vivemos uns oito anos, até perto de 1930, na maior orgia intelectual que a história do país já registrou’.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão. Os resultados deixados por esse período de pesquisas foram a implantação definitiva do movimento modernista e a maturidade e autonomia de nossa literatura.
O período a que Mário de Andrade chama de “orgia intelectual” é rico em publicações de obras literárias, revistas e manifestos. Entre as revistas fundadas para difundir as propostas modernistas, destacam-se: Klaxon (1922), criada em São Paulo logo após a Semana de Arte Moderna; Estética (1924), no Rio de Janeiro; A Revista (1925), em Belo Horizonte; Terra Roxa e Outras Terras (1927), em São Paulo; a Revista da Antropofagia (1928), pota-v0z do movimento Antropofagia, fundado por Oswald de Andrade.
Simultaneamente à publicação de obras e à fundação de revistas, foram lançados vários manifestos e movimentos, que aglutinavam e dividiam os