Porque Erramos?
O texto de Thiago Mali conta as diversas maneiras de como erramos. Em uma sociedade acelerada e onde que errar não é aceito está cada vez mais difícil para acertarmos.
O famoso ditado “errando é que se aprende” não está errado, afirma a psicóloga Lillian Milnitsky Stein, “os processos que nos levam a aprender e cometer erros derivam do mesmo recurso mental”.
Nosso conhecimento está ligado a indução e a partir de um padrão de repetições. Com isso, nosso cérebro armazena uma série de padrões. Quando vemos ou ouvimos alguma coisa, nosso cérebro automaticamente relaciona o tema com algum dos padrões já registrados em nosso cérebro. Isso é chamado de associação automática, e nem sempre funcionara corretamente, pois nem sempre as coisas estarão nos padrões conhecidos por nossa mente. Se procurarmos um objeto e não o encontramos no seu devido lugar, o que seu cérebro tem como padrão, será complicado para acha-lo já que seu cérebro não consegue relacionar com o padrão. Estereótipos estão diretamente relacionados com a associação automática, pois já há um padrão de algo em nosso cérebro.
A opinião dos outros também está relacionada aos nossos erros, pois ela nos induz ao erro. Confiamos de que o que os outros estão falando é uma verdade.
Outro fato é que, se nosso cérebro não tem alguma recordação ele preenche com outras lembranças já armazenadas para não ficarem lacunas. Este é um fato muito estudado que os especialistas estão estudando para tentar evitar erros.
Nossos erros estão, também, relacionados a nossas emoções, pois, a mesma região do cérebro, o córtex pré-frontal, que cuida das nossas emoções, cuida da percepção. Portanto quando estamos abalados emocionalmente nosso desempenho, principalmente em relação à memória, cai.
Os erros humanos são um assunto muito pesquisado por cientistas e pesquisadores de diversas áreas, mas errar é humano e não há como por fim aos erros, o máximo que podemos fazer é tentar preveni-los.