porco trangenico
Porco 26, este é o nome do suíno modificado geneticamente. O mesmo apresenta características do animal comum: possui grande apetite, é gordo e é branquelo. Exceto em seu âmago: o DNA. O animal é o primeiro porco geneticamente modificado do mundo. Ele nasceu no Instituto Roslin, no Reino Unido, a mesma instituição que em 1996 criou a ovelha Dolly, e tem uma característica especial entre os porcos – é imune à febre suína africana. Essa doença, que é causada por um vírus altamente letal, surgiu na África, onde os animais acabaram criando resistência a ela. Mas, no resto do mundo, s porquinhos não têm imunidade – e, por isso, a febre suína vive causando estragos na criação suína (desde 2007, houve surtos em países como Rússia, Armênia e Irã).
Os cientistas usaram uma nova técnica para “editar” um gene do porco 26, que graças a isso ganhou resistência à doença. Eles pegaram um óvulo fecundado e injetaram nele substâncias que cortam e emendam o DNA em pontos extremamente específicos. O procedimento não envolve clonagem, e tem taxa de sucesso de 10% a 15%. Ou seja: em cada ninhada de dez porcos, pelo menos uma ganha a mutação correta, que será transmitida aos seus descendentes, produzindo uma geração imune à doença.
A técnica mostra, pela primeira vez, que é possível eliminar uma doença suína sem alimentar os animais com antibióticos, uma prática polêmica, mas comum na criação de suínos. “Nós nos livramos da resistência a antibióticos”, diz o virologista Bruce Whitelaw, líder da pesquisa. Talvez os porcos do futuro sejam todos orgânicos – e transgênicos.
Fontes:
1. Revista Super / Julho 2013.