Por uma prática promotora de saúde em Orientação Vocacional
Bock, A. M. B. et. Al. A escolha profissional em questão. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1995.
“Cada vez mais torna-se consensual no Brasil a ideia de que o psicólogo é um profissional da área da saúde. Pode parecer estranho que algo tão simples possa um dia não ter sido consensual” (p. 9)
“Uma das visões vigentes hoje no Brasil, visão esta que pretendemos defender nesse texto, é de que o psicólogo é um profissional que deve trabalhar para a promoção da saúde, superando a prática da prevenção.” (p. 10)
“A proposta da atuação preventiva, a nosso ver, implica em uma concepção de saúde como ausência de doença, vinculando a atuação do psicólogo às patologias. Patologias essa que ele deverá prevenir. Seu olhar estará voltado para as patologias, exatamente para poder planejar uma ação que as previna. A concepção da promoção de saúde, ao contrário, vincula o profissional e sua atuação à saúde no sentido amplo de condições adequadas de vida e de relações sociais saudáveis e volta seu olhar para o indivíduo inserido em seu contexto sócio-cultural, exatamente para poder planejar uma ação capaz de contribuir para a promoção da saúde.” (p.11)
“Promover saúde significa compreender e trabalhar o indivíduo a partir de suas relações sociais.” (p. 12) “A nossa intervenção deve se dar no sentido de criar condições para que os indivíduos apreendam suas determinações, sua história e seus conflitos, caminhando para a compreensão de si e do outro, menos preconceituosa, estereotipada e ideológica.” (p.12) “Em síntese trabalharemos voltados para a re-significação das relações e experiências vividas” (p. 12) “Podemos dizer que cada indivíduo aprende a ser um homem. O que a natureza lhe dá quando nasce não lhe basta para viver em sociedade.” (p. 13) “A linguagem é portanto um dos mais importantes instrumentos culturais do qual o homem se apropria.” (p. 14) “Algumas propriedades ou características que