Por que Vigotski não é interacionista nem construtivista?
Psicologia Genética – 4° Período – Psicologia Integral
20/10/2014
"A escola de Vigotski não é interacionista nem construtivista".
Apesar da teoria ou psicologia Histórico-Cultural de Vigotski estar sendo caracterizada por vários termos, como sociointeracionista, socioconstrutivista ou construtivista pós piagetiana, Duarte, em seu texto, vem nos apresentar uma série de argumentos com os quais clarifica o porquê da Psicologia Histórico-Cultural não poder ser qualificada nem como construtivista nem como interacionista.
Em primeiro lugar, nenhuma dessas denominações aparece em sequer uma obra dos autores dessa escola, como Vigotski, Luria, Leontiev, etc. Eles, ao contrário, se preocuparam em nomear sua escola de acordo com o ponto em que ela se distancia das outras: pela visão sócio-histórica do psiquismo humano. Os termos encontrados nas obras dos mesmos são “teoria Histórico-Cultural” e “Teoria da Aprendizagem”. Não cabe a nós, portanto, tentar denominar esta escola de alguma forma que nenhum de seus representantes tenha feito.
A teoria Histórica-Cultural coloca algo jamais visto anteriormente: que não há uma forma na qual o psiquismo humano possa ser compreendido plenamente exceto pela tentativa de criar uma psicologia marxista, que o compreenda como um objeto essencialmente histórico. Justamente aí o interacionismo se contrapõe à teoria Histórica-Cultural, uma vez que este aborda o psiquismo de forma biológica, não dando conta do psiquismo como fenômeno histórico-social.
Também há quem insista, segundo Duarte, com a ideia de que Vigotski seria uma pitada de social no construtivismo. Contudo, o construtivismo já possui essa “pitada social”; possui sim um modelo social que considera a interação do indivíduo com o ambiente. Assim sendo, o problema não é que Piaget não considerou o social, mas sim a forma com que ele considerou. A teoria Histórica-Cultural, como é exemplificado no texto com algumas passagens de Leontiev, julga ser