Por que as organizações multilaterais têm interesses pela formação do professor?
Os anos 90 foram marcados pelos novos rumos que o Brasil tomou com a implantação das políticas neoliberais, a abertura do mercado aos produtos estrangeiros e políticas sociais e econômicas articuladas pelos interesses dos organismos multilaterais.
Com toda essa explosão produtiva era necessária a qualificação desses novos trabalhadores e para isso era preciso educá-los para as novas perspectivas da economia burguesa e nessa busca pela responsabilidade dos fracassos pela mazelas do mundo a Educação foi à única responsabilizada, sendo ela considerada o cordão que sustentaria a competitividade e empregabilidade. Estava em discussão o novo modelo ser humano, aquele dotado de flexibilidade, desempenho e eficiência.
Um plano decenal de Educação para Todos foi criado acatando a intervenção das organizações multilaterais traçando metas a serem alcançadas a partir de acordos em Jomtien. Um projeto de educação referente a um conjunto de idéias, orientações recomendações definindo um novo conceito para a educação básica, visando formar pessoas para o mercado de trabalho, trabalhadores comprometidos com o desenvolvimento do capital e não com seu desenvolvimento intelectual.
Atribuindo a educação e aos professores condições que só ao Estado cabe, manipulado a sociedade pelos veículos de comunicação com campanhas bonitas para abraçar a causa e esquecendo-se de quem realmente seria o culpado de todas as mazelas do país.
Hoje o professor é visto como o protagonista, o agente de mudanças que tem a responsabilidade de resolver problemas trazidos para a escola como: fome, miséria, violência, etc.
A verdadeira prentenção não é formar pedagogos que transmitem conhecimentos científicos e epistemológicos que incentiva a pensar, criticar, a reivindicar, e sim uma pessoa multifuncional, polivalente, flexível o que prepara o estudante para a economia do país, trabalhadores, ou seja, formar aquele