Populismo e Racionalismo na era Vargas
1.1- Getulismo e a Política de Massas
O texto de Octavio Ianni trata de discutir e criticar o governo de Getúlio Vargas e sua vertente populista. Ele começa afirmando que a política de massas foi a vida e a morte do modelo getuliano de desenvolvimento econômico e que nas etapas mais importantes do processo de industrialização, foram sendo criadas as condições ideais para o estabelecimento de uma civilização urbano-industrial, pois permitiu que as massas participassem ativamente de decisões políticas. E isso teve como consequência a estruturação de mais de dois modelos de desenvolvimento. O primeiro era o modelo exportador, sendo ele o modelo mais antigo e conservador que está relacionado com agricultura e o fortalece o poder da burguesia agrário-comercial e torna o Brasil dependente da economia externa. O segundo é o modelo getuliano que é uma combinação positiva e dinâmica do setor agrário com exigências destinadas a atender o mercado interno. Ele reformula os vínculos externos com a sociedade tradicional e dá ao Brasil uma independência política e fundamenta a política externa independente. O terceiro é o modelo de concomitância que surge com o confronto do modelo exportador com o modelo de substituição. Ele prioriza a associação de capitais, interesses políticos e militares brasileiros e estrangeiros. Ele acaba por causar a internacionalização no setor industrial e internacionalizar o setor agrário tradicional. Traz o jogo da contradição dos interesses das classes sociais que lutam pelo poder da política econômica, ele também liquida o modelo de democracia populista e a ideologia e prática da doutrina de independência econômica e política. O quarto é o socialista nasce dos confrontos e antagonismos entre as classes sociais muitas vezes se assemelha ao modelo de substituição, pois ambos são contrários aos modelos tradicionais de exportação e de associação internacional. Ela pregava a