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Sermão de Santo Antº aos peixes
◊ Pregado em S. Luís do Maranhão a 13 de Junho de 1654, 3 dias antes de embarcar
◊ Objetivo: moralizar e criticar no sentido de despertar os homens para os seus defeitos e para os seus vicios da sociedade da época levando-os a uma mudança de atitude.
◊ Exórdio
1. Inicia-se com o conceito predicável (“Vos estis sal terrae”), escrito em latim.
2. “sal” -> pregadores -> Oficio do sal: purificar, ou seja, impedir a corrupção.
3. “terra” -> homens
4. Tese: Apesar da palavra dos pregadores, os homens continuam corruptos, ou porque a palavra dos pregadores não chega, ou porque os homens não querem seguir o que lhes é transmitido.
5. Público-alvo: peixes -> alegoria, pois na verdade, refere-se aos homens
6. Padre António Vieira identifica-se com o Santo Antº pois também se sente desiludido com os homens por estes não ouvirem a sua palavra. Com isto, decide não pregar de Santo Antº, mas sim como ele, ou seja pregar aos peixes visto que os homens não o ouvem.
7. Invocação à Nossa Sra (Domino maris: “senhora do mar”) a quem Vieira pede a “costumada graça”, a proteção, para obter a inspiração necessária à pregação convincente que deseja.
◊ Exposição e Confirmação
Cap. II
1. Fala dos peixes quando quer atingir os homens
2. É preciso criticar e elogiar pois há bons e maus
3. Qualidades gerais dos peixes
Primeiras criaturas a ser criadas por Deus
As criaturas mais numerosas e maiores
Bons ouvintes, não falam e obedientes
Melhores que os homens
Não se domam, nem domesticam (vivem livres e puros longes dos homens)
4. Os animais que vivem com os Homens estão aprisionados, tornando-se corruptos ou parecidos com eles.

5. Criticas aos homens
Deixam-se levar pelas vaidades
Sao piores que os peixes
Sao inteligentes mas atuam irracionalmente como feras
Corrompem quem viver com eles
Estando longe dos homens, melhor se vive
Cap. III – Elogios em particular
1. Peixe de Tobias
O seu felo sara a cegueira e o coração expulsa os