Pontes

As pontes são exemplos clássicos de estruturas pré-esforçadas. Dadas as condições topográficas existentes no local de implantação, a concepção da estrutura conduz, habitualmente, a adopção de grandes vãos que, em geral associados a cargas elevadas, conduzem ao aparecimento de esforços elevados, incomportáveis com soluções de betão armado e que implicam, portanto, a adopção de soluções pré-esforçadas.
Ponte da Arrábida
A concepção de uma ponte tem por de trás a escolha de uma solução estrutural, bem como a escolha do processo construtivo relacionado. Dependendo do comprimento do vão, da altura, das restrições ao acesso e a ocupação do espaço sob a ponte, o processo construtivo pode ser determinante na escolha do sistema estrutural.
De um modo geral, os processos construtivos que actualmente mais se utilizam na execução de pontes, dada a sua versatilidade e economia, levam à alteração da geometria, do sistema estrutural, e consequentemente à distribuição de esforços e tensões, assim como das características dos materiais envolvidos até que a estrutura global se estabeleça definitivamente. Estes factores podem ser determinantes na distribuição final de tensões.

No método dos avanços sucessivos, o crescimento das consolas conduz ao aumento das tensões de compressão no banzo inferior, que se traduz em importantes deformações de fluência com a consequente redistribuição de tensões entre o betão e as armaduras. Por outro lado, no processo de construção pelos deslocamentos sucessivos, um mesmo troço pode experimentar diferentes tipos de esforços, em função da posição que ocupa num dado momento.
O desenvolvimento dos processos construtivos de estruturas de betão armado referidos é, em grande parte, devido ao desenvolvimento do pré-esforço. Dada a necessidade de criar momentos positivos nas consolas construídas por avanços devido aos crescentes momentos negativos gerados, são-lhes aplicados na fase construtiva sistemas de cabos junto à face superior da secção de modo