ponte entre a teoria e ação
A discussão entre a teoria e a prática do currículo, deve servir em propostas de maior autonomia para o sistema para modelar a sua prática. A preocupação pela prática curricular veio das críticas sobre a educação, da análise do currículo como objeto social e da prática criada em torno do mesmo. Os problemas relacionados com a realidade educativa e o currículo é a prática, porque a educação e o ensino são ações práticas. Uma teoria curricular, antes de ser um objeto idealizado por qualquer teorização, se constitui em torno de problemas reais que se dão nas escolas, que os professores têm que afetam os alunos e a sociedade em geral. A teoria do currículo deve contribuir para uma melhora da compreensão nos sistemas de educação relacionando-os com a realidade. A melhora da prática implica tomar partido de um quadro curricular que sirva de instrumento emancipatório para estabelecer as bases para uma relação mais autônoma. A teoria do currículo deve servir de instrumento de análise da prática, apoiando uma reflexão crítica das condições presentes, para que contribua para o interesse emancipatório, entendido então como uma práxis. O currículo, além de ser um conglomerado cultural organizado, cria uma atividade social, política e técnica variada que determina seu significado real. O currículo é um instrumento de comunicação entre a teoria e a prática, onde os professores e os alunos devem desempenhar um papel ativo. O currículo além de conteúdo é método, pois por meio de seu formato e pelos meios com que se desenvolve na prática, condiciona a profissionalização dos professores e a experiência dos alunos ao se ocuparem de seus conteúdos culturais. As teorias curriculares haverão de ser julgadas por sua capacidade de resposta para explicar essa dupla dimensão: as relações do currículo com o exterior e o currículo como regulador do interior das instituições escolares.