AÇÕES MUSCULARES EXCÊNTRICAS – POR QUE GERAM MAIS FORÇA? POR QUE GERAM MAIS TRAUMAS?

AÇÕES MUSCULARES EXCÊNTRICAS – POR QUE GERAM MAIS FORÇA?
POR QUE GERAM MAIS TRAUMAS?

Este artigo tem como objetivo revisar teorias recentes que explicam a geração e aumento de força durante e após ações excêntricas.
Foram discutidas a teoria do filamento deslizantes, o gasto de ATP nas ações excêntricas e concêntricas, as consequências moleculares da continuidade do potencial de ação na formação das pontes cruzadas e a ação das proteínas titina, miomesina, nebulina e tambem a proteína C, sendo elas elementos passivos na geração de força quando há o alongamento do sarcômero e na manutenção miofibrilar.
Foram analisadas as teorias de pontes cruzadas, deslizamento de filamentos, e hipóteses de não uniformidade e instabilidade do sarcômero, estudo dos elementos passivos e hidrolise de ATP, para explicar o aumento de força logo após o alongamento do sarcomero.
Foi gerada 3 hipóteses para explicar o aumento de força após o alongamentos.
A primeira é que o musculo ao ser alongado apresente sarcomeros instáveis e níveis de sobreposição de miofilamentos não uniformes na região analisada.
A segunda é que as proteínas se interagem e localizam-se no sarcomero, proporcionando resistência e ele no ato de alongamento.
Já a terceira diz que a hidrolise de ATP pela miosina parece ser menor ou então nem existir, fazendo com que haja uma ação com menos energia em relação a manutenção de pontes cruzadas e geração de tensão.
Em relação aos traumas, a ação excêntrica recruta uma menor quantidade de fibras comparada à concêntrica, resultando assim em um maior estresse a um menor numero de unidades motoras.
Concluindo, a literatura geral diz que nos exercícios de ações excêntricas há um potencial de lesão celular muito alto, ampliando o processo inflamatório, tornando-o assim principal sinalizador do reparo muscular. Tal afirmação justifica porque as ações excêntricas levam a maiores ganhos de força, hipertrofia e manutenção do tônus muscular.