Políticas de saúde no brasil: um passeio pela história
A história das políticas de saúde no Brasil inicia com a vinda da família real em 1808 tendo como objetivo a manutenção de uma mão de obra saudável e capaz de manter os negócios promovidos pela realeza[1]. Fato que proporciona a chegada de médicos, a preocupação com as condições de vida nas cidades, projeto da institucionalização do setor saúde no Brasil, regulação da prática médica profissional e a inauguração da primeira faculdade de medicina – a Escola Médico Cirúrgica – Bahia – em conformidade com os moldes europeus. Durante o período do Brasil Colônia, tanto o interesse pela saúde quanto a regulamentação da prática profissional estiveram atrelados ao interesse político e econômico do Estado de garantir sua sustentabilidade e a produção da riqueza (Baptista, 2005). Em 1852 foi inaugurado o Hospital D. Pedro II – primeiro hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro. Com a Proclamação da República (1889), a burguesia cafeeira brasileira torna-se cada vez mais dependente de uma mão de obra assalariada saudável para manutenção de suas lavouras, mas as condições de saneamento vividas pela classe trabalhadora à época muito contribuíam para o surgimento de epidemias que alastravam e era um dos fatores negativos para a economia do país. A regulamentação do ensino e da prática médica (i) permitiu um maior controle das práticas populares (sangrias, a utilização de plantas, rezas e feitiços utilizados pelos negros e pajés); (ii) afastamento de religiosos da direção dos hospitais; (iii) a criação de hospitais públicos para atendimento de doenças consideradas infecciosas e nocivas à população; (iv) as primeiras ações de saúde pública para proteção e saneamento das cidades, dos ambientes, (v) e as primeiras pesquisas em busca do conhecimento para adoção de novas práticas para o controle das moléstias[2]. A chegada de Rodrigues Alves na presidência da República, com a participação do prefeito Pereira Passos