Política e História: As bases da sociologia de Karl Marx

Política e História: As bases da sociologia de Karl Marx
Antônio Gabriel Oliveira Araújo1

Para que se entenda a base e os fundamentos do pensamento sociológico de Karl
Marx, e que se conclua o objetivo de expor uma análise acerca das contribuições do pensador alemão à sociologia no presente instrumento, se faz necessária uma breve análise das ideias dos considerados clássicos da sociologia, Émille Durkheim e Max
Weber e do próprio Marx.
Émille Durkheim (França: 1858-1917), adepto da linha positivista, propõe o estudo da sociedade a partir dos chamados “fatos sociais” (os seres humanos são, exclusivamente, frutos da sociedade), Max Webber (Alemanha: 1864-1920), estuda a sociedade do ponto de vista da “ação social” (a sociedade é algo exterior e superior aos indivíduos) e Karl Marx (Alemanha: 1818-1883), historiador, economista, filósofo, teórico político e jornalista alemão, ao contrário de Durkheim e Webber, diz que nem o homem é, exclusivamente, fruto da sociedade e que nem a sociedade resulta apenas da ação humana. Dessa forma, o pensador alemão mostra que “existe uma eterna relação entre indivíduo e sociedade, que faz com que ambos se modifiquem, desencadeando o processo histórico-social” (SELL, 2001, p. 164).
1 - Os antagonismos de classe
Mesmo teorizando sobre assuntos que por si são diferentes, como economia (em
“O Capital”) e política (em “Manifesto do Partido Comunista”), o pensador alemão se baseia sempre no mesmo princípio: o progresso das sociedades humanas através da luta de classes e o conflito entre a classe burguesa que controla a produção e um proletariado que fornece a mão de obra para a produção.
Analisando a teoria Marxiana, pode-se concluir, então, que a luta de classes se instaurou no momento em que as pessoas passaram a definir posses e a abolição do possuir em forma de propriedade privada, que acabaria com a desigualdade e consequentemente a divisão de classes, se tornou o objetivo da teoria comunista, já que
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