Política Internacional PI Definitivo
Após a eclosão de protestos no mundo árabe em 2011, colocou-se em risco o domínio político e econômico dos EUA, um dos principais atores internacionais no conflito, em países como Tunísia e Egito.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, os EUA se tornaram o ator internacional que possui maior capacidade de mobilizar recursos para exercer influências sobre outros países, assim como está ocorrendo na Primavera Árabe.
Movido por interesses diversos como, controlar o acesso ao petróleo e a outros recursos naturais, aos portos da região, garantir proteção militar e política a Israel e preservar a estabilidade política regional para garantir acesso facilitado aos mercados da região.
Plataforma de petróleo no Egito – Foto: Manutenção e Suprimentos
A influência norte-americana fez-se mais presente no Egito, então governado pelo regime ditatorial de Hosni Mubarack. Em um posicionamento antidemocrático, o congresso americano exigiu que o secretário de Estado do Egito declarasse que o país não é “controlado por organização terrorista estrangeira” e que o país está “tomando as medidas necessárias para localizar e destruir a rede de contrabando e túneis entre o Egito e a Faixa de Gaza”. Isto, devido a toda atenção dada pela maior potência mundial na região.
O governo norte-americano ainda deu um ultimato e exigiu que os recursos financeiros de ajuda ao Egito fossem utilizados para melhorar a segurança da fronteira na península do Sinai, a fim de manter o tratado de paz entre Israel e Egito.
Já no caso da Líbia, segundo Gregory Michener, cientista social canadense especializado em relações internacionais, antes da deposição do líder Kadafi, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) interveio de forma bastante evidente para manter o controle e evitar que a instabilidade tornasse a Líbia em um “novo Iraque”, o que dificultaria o controle ocidental na região, tendo em vista