Aula 02 Amebíase 2
Patogenia
- Localização intestinal
- Apenas a Entamoeba histolytica causa patologia, a E. dispar não.
- Ela causa patologia, principalmente, na região intestinal, mas não exclusivamente.
- As localizações extra intestinais costumam ser no fígado e no pulmão.
- A E. histolytica produz a enzima hialuronidase, o que favorece a penetração a nível de mucosa e o consequente processo patológico.
- É um protozoário que tem preferência pelo intestino grosso. A partir do colo, observa-se o desenvolvimento de seu ciclo biológico.
- 90% dos pacientes que apresentam amebídeos em seu trato digestório são assintomáticos.
Lesão lítica enzimática
- Após a produção de hialuronidase, ocorre lesão da mucosa e penetração do trofozoíta. Observa-se um processo de erosão (lesão superficial na mucosa).
- Formação de erosão – úlcera
- Como as amebas continuam produzindo a enzima, a área de lesão aumenta evoluindo de erosão para úlcera intestinal.
Células magnas
- Os trofozoítas vão penetrando até atingir a submucosa, onde encontram um ambiente muito propício a sua nutrição (fagocitose – membros da microbiota residente intestinal), muito vascularizado.
- Quando começam a fagocitar as hemácias, aumentam de tamanho. Por isso, os trofozoítas relacionados a essa espécie são células magnas (muito grandes). Necrose enzimática
- Necrose gerada pela continuidade da liberação da enzima. - Escasso infiltrado inflamatório
- Essa enzima gera destruição rápida das células inflamatórias que chegam à área de necrose para tentar combater o avanço do processo.
- Raramente gera perfuração de serosa (peritonite)
- Se isso ocorrer, gera extravasamento de conteúdo intestinal para a cavidade abdominal, levando ao processo de peritonite. A evolução é de forma aguda se não houver intervenção imediada (septicemia, falência múltipla dos órgãos e óbito). Intervenção: antibioticoterapia e, muitas vezes, procedimento cirúrgico (lavagem de cavidade e até anastomose de alça intestinal dependendo do quadro).