Relatório Parasitologia Novo

1 HEMATOXILINA FÉRRICA

É o método para estudo morfológico dos protozoários, em especial na forma trofozoíta. Este método foi proposto para identificação das diversas espécies de amebas parasitas do homem e animais, estendendo-se para diferenciação de outros protozoários, inclusive os de vida livre. Na análise fecal, o ideal é a utilização do método quando da eliminação de fezes líquidas ou diarreicas, recém-eliminadas. Isto porque, na amebíase intestinal, não temos a formação de cistos, dificultando assim o diagnóstico. Se o paciente estiver eliminando fezes sólidas, o recomendado é administrar dose purgativa de sulfato de sódio (30 g – adultos) em jejum. Coletar o material no próprio laboratório, referente como primeira amostra liquefeita ou pastosa (escolher a porção que tiver muco e sangue). No caso de criançasa dose purgativa é administrada de acordo com a idade – limonada purgativa, emetina, supositório e enema. Pode-se também utilizar material biológico obtido por retrossigmoidoscopia, muco intestinal ou raspado de ulcerações. Na impossibilidade da coleta no laboratório, fornecer ao paciente um recipiente com conservante fecal – SAF ou Fixador de Schaudinn. Para coloração de cistos obtidos pelo método de Faust, eliminar antes o sulfato de zinco com lavagens sucessivas em solução fisiológica.
É uma técnica que permite o estudo morfológico dos protozoários após fixação do material por método citológico e coloração pela hematoxilina férrica que tem grande eletividade para a cromatina nuclear (MINAMI, 1985). Rotineiramente, é utilizada para a pesquisa de formas trofozoíticas em fezes e no acaso de existirem dúvidas na identificação de cistos encontrados em outras técnicas (MINAMI, 1985).
A hematoxilina é um corante natural, extraído de Hematoxylon campechianum, da família Leguminosae. Antes do uso ela deve “amadurecer”, isto é transformar-se, por oxidação, em hemateína, que reage com o sulfato férrico-amônio para produzir a laca férrica (hematoxilina